Cia. Vagalum traz Othelito na sexta, com entrada franca

Nesta sexta-feira (13) a Secretaria Municipal de Cultura traz mais uma atração pelo Circuito Cultural Paulista, com a Cia. Vagalum Tum Tum de Teatro e o espetáculo Othelito

A atração tem entrada franca, faz parte da programação de novembro, do Circuito Cultural Paulista, e será apresentada no anfiteatro da biblioteca pública municipal “Cônego João Baptista de Aquino”. É indicada para público a partir de 6 anos.

Ganhador do Prêmio APCA de melhor Texto Adaptado, Prêmio de Melhor Espetáculo Infanto-juvenil do 11º Cultura Inglesa Festival e Melhor Texto Adaptado no Prêmio FEMSA 2007, o infanto-juvenil “Othelito”, escrito e dirigido por Ângelo Brandini, da Cia Vagalum Tum Tum, é uma livre adaptação do clássico de William Shakespeare “Othelo”.

Com o humor escrachado da Commedia Dell’arte, fala do tumultuado romance entre a jovem Desdêmona (Gabriella Argento) e o capitão mouro Othelito (Val Pires), que supera o preconceito do pai da moça, o senador Brabâncio (Christine Galvan), mas esbarra nas intrigas do amigo Iago (Anderson Spada).

Máscaras, mímica, piruetas e cambalhotas compõem o arsenal interpretativo que a trupe usa revelar a faceta cômica do personagem de Shakespeare. Nada mais natural para um elenco que, ao lado do diretor, tem formação artística de palhaço e trabalha na ONG “Os Doutores da Alegria”.

Na montagem, os personagens se revestem de arquétipos humanos, com um toque de palhaço, para ressaltar a polaridade de sentimentos como amor, ciúme, inveja, ambição, egoísmo e generosidade. Fiel à Commedia Dell’arte, gênero contemporâneo à época de Shakespeare, a troca de figurino e os efeitos sonoros são feitos perante o público.

A Companhia

A companhia Vagalum Tum Tum nasceu em 2001, com a estréia da peça homônima, dirigida por Bete Dorgan, no Sesc Ipiranga. A montagem, que contava a saga de um palhaço atrás de um vagalume, foi exibida na Mostra de Teatro Infantil do Sesi, no 5º Cultura Inglesa Festival e em várias unidades do Sesc da capital e interior.

Em 2003, a companhia estreou “Queluzminha”, escrito e dirigido por Ângelo Brandini. Em uma dezena de esquetes, dois palhaços apresentam uma história baseada e desenvolvida sobre técnicas “palhacescas” e de manipulação de objetos, como flores que brotam da lapela, canecas e narizes luminosos e casacos voadores. A peça integrou a programação do Panorama Paulista de Circo, Caravana Paulista de Teatro, Mostra de Palhaços Riso no Raso, Virada Cultural, Festival Internacional de Teatro de Porto Alegre, Mostra de Teatro Infantil do Sesi e Recreio nas Férias.

Com a “Fábrica de Esquetes”, o grupo participou dos espetáculos “Terça Insana”, “Midnight Clowns” e “Revistando 2003”. A companhia realizou Oficinas de Palhaços para crianças e adultos, além de palestra em empresas e instituições sobre “A Função Social do Palhaço”.

Direção

Formado pela Escola de Arte Dramática da ECA-USP, o diretor Ângelo Brandini conquistou com “Othelito” o segundo Prêmio APCA de sua carreira: o de melhor texto adaptado, em 2007. No ano anterior, ele já havia arrebatado o APCA de melhor iniciativa em rádio com o programa “Cidadania no Trânsito, Rádio Pára Choque”, formado por esquetes cômicos sobre o trânsito, que criou, redigiu e interpretou para a Rádio Eldorado.

Um dos fundadores da Cia Vagalum Tum Tum, Ângelo Brandini atuou sob a direção de nomes como Cacá Rosset, Celso Frateschi, William Pereira, Roberto Lage, Gabriel Villela e Fernando Guerreiro. No cinema integrou o elenco dos filmes “Carandiru” (Hector Babenco), “Fim da Linha” (Gustavo Steinberg), “Alô” (Mara Mourão), “A Reunião dos Demônios” (Cecílio Neto) e “Nelson” (Carlos Cortês).

Participou em novelas e especiais de TV dirigidos por Roberto Talma, Del Rangel e Jacques Lagoa. Em 2005, interpretou o protagonista de “Se o Anacleto Soubesse”, episódio do programa “Senta Que Lá Vem Comédia”, da TV Cultura, sob direção de Bete Dorgan. Dirigiu “Um Homem é um Homem” (de Bertolt Brecht) e “Queluzminha” (da cia Vagalum Tum Tum).