Neste
domingo, 15 de abril, às 20h30, no Parque dos Pioneiros, em Adamantina, será apresentada
a peça teatral Sacra Folia com a Fraternal Companhia de Arte, pelo Circuito Cultural Paulista, em
parceria com a Secretaria
de Cultura de Turismo. O espetáculo será encenado em uma
carreta-palco, que será montada no local.
No
espetáculo, a Sagrada Família, perseguida por Herodes e seus soldados, se perde
em sua fuga para o Egito e acaba chegando ao Brasil. A perseguição continua em
solo nacional e a Sagrada Família se vê obrigada a aceitar a ajuda de dois
tipos populares, João Teité e Matias Cão, para se livrar de Herodes e retornar
à Judéia. Guiados por Teité, José, Maria e o menino Jesus acabam se embrenhando
pelos confins do Brasil. Ao final da extensa e cômica epopéia, Teité registra
Jesus como seu filho, para que ele realize no Brasil a promessa do reino de
fartura que o Messias, segundo a profecia, haveria de trazer ao mundo.
A
primeira versão de Sacra Folia estreou em 1996 e marcou o início da pesquisa da
Fraternal em torno do auto, que é uma forma tradicional e popular de teatro.
Esta nova versão incorpora vários elementos da cultura popular pesquisados pela
Fraternal, durante os últimos anos, e transformados em material cênico, como a
síntese entre os elementos sacro e profano.
O
espetáculo é da autoria de Luis Alberto de Abreu, dirigido por Ednaldo Freire,
o elenco é composto pelos atores da Fraternal Cia de Arte e Malas Artes, Aiman
Hammoud como Anjo Gabriel, Heródes, Demônio, Edgar Campos vivendo Matias Cão,Márcia de Oliveira
interpretando a Virgem Maria e Mateusa, Luti Angelelli sendo João Teité,Mirtes Nogueira como
Boracéia , Roberto Barbosa da vida á São José e Demônio. A peça tem duração de
75 minutos e é livre para todos os públicos.
Carreta-palco
Sacra
Folia, com a Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes
é apresentado em uma carreta de onze metros de comprimento onde foi acoplado um
baú, cujas laterais se abrem, revelando um palco de mais de oito metros de
largura por quase sete de profundidade. “O palco itinerante é uma tradição do
teatro desde a Carroça de Dionísio, porém a ideia foi fruto da necessidade, já
que desde a saída do Teatro Paulo Eiró, a companhia ficou sem sede própria e
distanciada de seu público. A impossibilidade de conseguir um espaço fixo onde
pudéssemos dar continuidade ao nosso projeto, nos levou à idéia de um palco
itinerante, que desse acesso gratuito ao maior número possível de pessoas” diz
Ednaldo Freire.
Texto: Alex Tiossi
Estagiário da Secretaria Municipal de
Cultura e Turismo de Adamantina
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