domingo, 29 de abril de 2012

Fim de semana com “Auto do Bumba-Meu-Boi” no Parque dos Pioneiros



No próximo domingo (seis de maio), Adamantina vai receber o “Auto do Bumba-Meu-Boi”, com o Grupo Cupuaçu, um espetáculo de dança da cultura popular brasileira, que chega à cidade dentro da programação do Circuito Cultural Paulista. Um espetáculo participativo, reflexivo, crítico e cômico.
A atração será às 17h, no Parque dos Pioneiros. Em caso de chuva a atração será transferida para o Ginásio da Escola Navarro de Andrade, na Avenida Adhemar de Barros, próximo ao Parque dos Pioneiros, no mesmo horário.
O “Auto do Bumba-Meu-Boi” conta a saga de um boi maravilhoso que suscitou o desejo da grávida Catirina. O casal de retirantes, representado por Mãe Catirina e Pai Francisco tenta negociar a compra do boi, mas o amo da fazenda diz que o boi não está à venda. O casal insiste, mas o amo é claro e não cede à insistência do casal.
Durante a festa, o boi some misteriosamente da fazenda e todo o batalhão sai em sua procura. Os índios encontram-no na capoeira (área desmatada ou de mata rasteira) e o trazem de volta. Mas o boi está doente e já não dança mais. Curandeiros, pajés e doutores são chamados para tentar curar o boi. O desfecho da história depende da participação do público e só pode ser revelado aos presentes.
Alternado pelas toadas (cantigas) envolventes que demarcam cada fase da história com ritmo e movimento, os dançarinos e músicos do Grupo Cupuaçu apresentam-se com belíssimas fantasias (veludo com bordados muito coloridos e com diferentes motivos). Na percussão os pandeirões (de até 75 cm) que são aquecidos em uma fogueira, as matracas, o maracá e o tambor-onça.
O Circuito Cultural Paulista é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura, com execução da APAA – Associação Paulista dos Amigos da Arte. Em Adamantina, sua realização tem o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

A dança

A maior expressão do Grupo Cupuaçu é o Bumba-Meu-Boi. Dança de origem desconhecida, embora seja evidente forte influência indígena e africana nesta manifestação, presente em muitos estados do Brasil, e principal ciclo festivo de São Luiz do Maranhão.
No Maranhão esta dança se divide de acordo com os três sotaques (ritmos) existentes: Sotaque de matraca (ou da ilha) – encontrados na baixada ou na Ilha de São Luís; sotaque de zabumba – encontrados na baixada; sotaque de orquestra – do sertão do Maranhão. Cada sotaque exerce influência distinta na dança, indumentária e música da manifestação. O Grupo Cupuaçu prioriza, em seu trabalho, o sotaque de matraca.

Grupo Cupuaçu

Nascido em 1986, o Grupo Cupuaçu, Centro de Estudos de Danças Populares Brasileiras, é o resultado natural do crescimento de um trabalho de pesquisa em danças populares realizado por um grupo de pessoas de diversas formações: atores, arquitetos, artistas plásticos, capoeiristas, dançarinos, educadores, estudantes, músicos e profissionais liberais que se aglutinaram aos alunos das aulas de danças brasileiras, ministradas pelo músico, compositor e dançarino Tião Carvalho.


Atua na criação, pesquisa e difusão de manifestações das culturas populares brasileiras. Nossa ação cultural sustenta-se em três eixos principais, que se complementam em tudo o que fazemos: o artístico, por meio de apresentações públicas de dança e de música; social, na condução de atividades junto às comunidades; e educativo, desenvolvendo oficinas e palestras temáticas para crianças, jovens e adultos.
A ampliação de seu trabalho culminou, em 1990, com a realização das três Festas anuais do Bumba-meu-boi (Renascimento, Batizado e Morte), que levam a cada edição, cerca de três mil pessoas ao Morro do Querosene, bairro da cidade de São Paulo, onde o Cupuaçu mantém sua sede. Saiba mais sobre o Grupo Cupuaçu em www.grupocupuacu.org.br.

Nossas redes sociais




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participou? Comente!