No
próximo domingo (seis de maio), Adamantina vai receber o “Auto do Bumba-Meu-Boi”,
com o Grupo Cupuaçu, um espetáculo de dança da cultura popular brasileira, que
chega à cidade dentro da programação do Circuito Cultural Paulista. Um
espetáculo participativo, reflexivo, crítico e cômico.
A
atração será às 17h, no Parque dos Pioneiros. Em caso de chuva a atração será
transferida para o Ginásio da Escola Navarro de Andrade, na Avenida Adhemar de
Barros, próximo ao Parque dos Pioneiros, no mesmo horário.
O
“Auto do Bumba-Meu-Boi” conta a saga de um boi maravilhoso que suscitou o
desejo da grávida Catirina. O casal de retirantes, representado por Mãe
Catirina e Pai Francisco tenta negociar a compra do boi, mas o amo da fazenda
diz que o boi não está à venda. O casal insiste, mas o amo é claro e não cede à
insistência do casal.
Durante
a festa, o boi some misteriosamente da fazenda e todo o batalhão sai em sua
procura. Os índios encontram-no na capoeira (área desmatada ou de mata
rasteira) e o trazem de volta. Mas o boi está doente e já não dança mais.
Curandeiros, pajés e doutores são chamados para tentar curar o boi. O desfecho
da história depende da participação do público e só pode ser revelado aos
presentes.
Alternado
pelas toadas (cantigas) envolventes que demarcam cada fase da história com
ritmo e movimento, os dançarinos e músicos do Grupo Cupuaçu apresentam-se com
belíssimas fantasias (veludo com bordados muito coloridos e com diferentes
motivos). Na percussão os pandeirões (de até 75 cm ) que são aquecidos em
uma fogueira, as matracas, o maracá e o tambor-onça.
O
Circuito Cultural Paulista é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura,
com execução da APAA – Associação Paulista dos Amigos da Arte. Em Adamantina,
sua realização tem o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.
A dança
A
maior expressão do Grupo Cupuaçu é o Bumba-Meu-Boi. Dança de origem
desconhecida, embora seja evidente forte influência indígena e africana nesta
manifestação, presente em muitos estados do Brasil, e principal ciclo festivo
de São Luiz do Maranhão.
No
Maranhão esta dança se divide de acordo com os três sotaques (ritmos)
existentes: Sotaque de matraca (ou da ilha) – encontrados na baixada ou na Ilha
de São Luís; sotaque de zabumba – encontrados na baixada; sotaque de orquestra
– do sertão do Maranhão. Cada sotaque exerce influência distinta na dança,
indumentária e música da manifestação. O Grupo Cupuaçu prioriza, em seu
trabalho, o sotaque de matraca.
Grupo Cupuaçu
Nascido
em 1986, o Grupo Cupuaçu, Centro de Estudos de Danças Populares Brasileiras, é
o resultado natural do crescimento de um trabalho de pesquisa em danças
populares realizado por um grupo de pessoas de diversas formações: atores,
arquitetos, artistas plásticos, capoeiristas, dançarinos, educadores,
estudantes, músicos e profissionais liberais que se aglutinaram aos alunos das
aulas de danças brasileiras, ministradas pelo músico, compositor e dançarino
Tião Carvalho.
Atua na criação, pesquisa e difusão de manifestações das
culturas populares brasileiras. Nossa ação cultural sustenta-se em três eixos
principais, que se complementam em tudo o que fazemos: o artístico, por meio de
apresentações públicas de dança e de música; social, na condução de atividades
junto às comunidades; e educativo, desenvolvendo oficinas e palestras temáticas
para crianças, jovens e adultos.
A
ampliação de seu trabalho culminou, em 1990, com a realização das três Festas
anuais do Bumba-meu-boi (Renascimento, Batizado e Morte), que levam a cada
edição, cerca de três mil pessoas ao Morro do Querosene, bairro da cidade de
São Paulo, onde o Cupuaçu mantém sua sede. Saiba mais sobre o Grupo Cupuaçu em www.grupocupuacu.org.br.
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