terça-feira, 24 de maio de 2011

Jazz Combo de Tatuí se apresenta na sexta em Adamantina


O grupo Jazz Combo, do Conservatório de Tatuí, realiza nesta sexta-feira, 27 de maio, apresentação em Adamantina. Será às 20h30, nas dependências da Igreja Matriz de Santo Antonio, com entrada franca. A atividade integra a programação do 62º Aniversário de Adamantina.


A vinda da Jazz Combo foi viabilizada pela Secretaria de Estado da Cultura, a partir de solicitação formalizada pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.


Nascida com o sobrenome “Combo” (do inglês combination ou combinação em português), o grupo tem, a partir de uma formação não convencional, a missão de pesquisar repertório, estudar, resgatar, praticar e divulgar a música instrumental e de improvisação. Criada em 1992, une alunos e professores do curso de MPB e Jazz do Conservatório de Tatuí em torno do resgate da história da música brasileira em formações diferenciadas, e ainda, do trabalho de composições e arranjos inéditos, os quais destacam de maneira marcante a cultura dos ritmos brasileiros.


Fruto do trabalho marcado por propostas harmônicas e melódicas bastante arrojadas, foi o primeiro CD do grupo, “Rumo Norte”, lançado em 1998, com obras de Paulo Flores. Com essas obras o grupo recebeu diversos prêmios de música instrumental, Avaré, Londrina, Botucatu, Prata da Casa SESC Pompéia e Sesc Vila Mariana. Com a obra “Espírito da Coisa” foi premiada no Festival de Jazz Latino de Havana, em Cuba, no ano de 2004, sendo esta então interpretada pelo legendário agrupamento de jazz latino Irakerê, de Chuchu Valdez.


O grupo realizou, ainda, dezenas de apresentações em Sescs e teatros de São Paulo e do interior, além de festivais realizados nos municípios de Londrina, Ourinhos e Tatuí – em eventos respeitados como o “Chorando sem Parar” e o “Brasil Instrumental”, este último um dos mais importantes dos últimos tempos no Estado de São Paulo. Muitas dessas apresentações ocorreram ao lado de convidados reconhecidos como Monica Salmaso, Proveta, Teco Cardoso, Paulo Freire, Vinícius Dorin, Nenê, além dos trompetistas americanos Ed Sarath e Daniel Barry (que se tornou parceiro de Flores na obra Dois Hemisférios, para Big Band, premiada em Londrina e Avaré), sempre com a proposta de compartilhar repertório, resgatar a música brasileira e promover releituras.

No ano de 2008 gravou o DVD “Será o Benedito!?!”, com releituras da obra de Benedito Lacerda e Pixinguinha. Atualmente é formada por músicos profissionais, professores e alunos bolsistas do nível avançado de cursos do Conservatório de Tatuí e trabalha na produção de seu segundo CD, denominado “Sextando”. Autoral como o primeiro, o CD traz, entre outras, a faixa “Sexta”, com participação do violeiro Paulo Freire, o primeiro “choruses causo” da história.


Paulo Flores

O grupo Jazz Combo de Tatuí é coordenado por Paulo Flores. Flautista, compositor, arranjador, pesquisador e produtor musical, criou trilhas, jingles e vinhetas para rádio, TV, vídeo e cinema. Transita em suas composições por várias formações do popular ao erudito tendo sido com elas premiado em vários festivais: Avaré 200l; MPB Londrina 2000; Londrina 2001; Avaré 2002; Havana, Cuba, 2002, no Prêmio Sgae de Jazz Latino. Em 1981 começou a lecionar flauta no Conservatório de Tatuí.

Em 1984 criou a Orquestra de Câmera do Conservatório a qual regeu até 1986. Em 1989, foi um dos criadores do Curso de MPB e Jazz, o qual coordenou até 2008. Em 1992 criou a Cambanda Jazz Combo e em 1998 gravou seu 1o CD, Rumo Norte. Em 1999 montou a Banda Curare, em 2002 gravou programa especial para o Jazz & Cia, na TV Cultura com ela e em 2003 com a Banda Brasil Instrumental com a obra de Moacir Santos.

Continuou os resgates com Dori Caymmi em 2004, Tom Jobim Instrumental 2005, Radamés Gnatalli 2006, Maestro Branco 2007. Em 2008, iniciou a recuperação de 39 arranjos inéditos de Pixinguinha gravados ao vivo na rádio Tupy nos anos 40, apresentando as primeiras 14 músicas com formação original com a Banda Brasil Instrumental e adaptações com a Cambanda & Cordas em pequena turnê pelo estado de São Paulo com o show “Pixinga, o arranjador”.

Junto com Paulo Braga é idealizador e organizador do Festival Brasil Instrumental. Como pesquisador em 2004 foi contemplado, com seu projeto “Benê, o flautista”, pelo Programa Petrobrás Cultural, lançado em 2007 com grandes elogios da crítica nacional e internacional, também pelo seu trabalho de desenhista e ilustrador até então desconhecido.

Vem se apresentando, como idealizador do projeto de incentivo e revitalização de grupos musicais no interior, através de técnicas de arranjo e composição “in loco”, em festivais e oficinas, bem como com a divulgação da obra de Benedito Lacerda em shows, palestras, workshops e exposições.

Também conclui o 2o CD da Cambanda, denominado “Sextando”, autoral como o primeiro, “Desconstruindo Benê”, CD com releituras das músicas de Benedito Lacerda e do projeto “Pixinga, o arranjador”.


Postado por Jéssica Nakadaira

Estagiária - Secretaria de Cultura e Turismo

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